Preocupamo-nos com a destruição provocada pelos outros, mas evitamos falar sobre a autodestruição. Edwin Shneidman
CAUSAS, MITOS E VERDADES
Em algum momento da vida, diante de uma circunstância de intensa dor física ou emocional, a grande maioria das pessoas já pensou ou poderá vir a pensar, mesmo que de leve em desistir de viver, ou seja, em suicídio como forma de acabar com o sofrimento. Felizmente, a maioria dos que chegam a pensar, desistem da ideia porque conseguem enxergar outras soluções. Assim, o suicídio deve ser um assunto encarado sem medo ou espanto e, principalmente, sem tabus, preconceito ou julgamento.
Mitos e verdades
M: Não está falando sério, só quer chamar atenção, manipular.
V: A menção ao suicídio pode significar um pedido de ajuda.
M: A maior parte dos suicídios acontece sem avisos; é um ato impulsivo.
V: O pensamento e o planejamento geralmente são feitos com tempo e comunicados, se não verbalmente, mas por comportamentos.
M: Quem quer se matar, não avisa.
V: As pessoas que pensam em suicídio, geralmente falam com alguém sobre suas intenções por causa do período de ambivalência entre viver e morrer que costuma anteceder a concretização.
M: O suicídio só acontece com pessoas com transtornos mentais.
V: Existem causas psicológicas e sociais que podem influenciar uma pessoa em estado de extrema vulnerabilidade e sem um adequado e pronto apoio, a tomar essa decisão. Isto porque o suicídio está fortemente relacionado ao sofrimento.
O sofrimento nos ameaça a partir de três direções: do nosso próprio corpo, do mundo externo e de nossos relacionamentos com os outros homens. Freud
CAUSAS
As causas incluem perturbações mentais e/ou psicológicas, depressão, estresse, abuso de drogas, incluindo alcoolismo e medicamentos de uso controlado. Existem causas sociais que podem ser estimuladores se a pessoa for vulnerável emocionalmente: dificuldades econômicas (dívidas, desemprego), rompimento de relacionamentos, bullying, aposentadoria, conflitos da terceira idade.