Todas as pessoas em algum momento da vida já sofreram ou já causaram algum tipo de desafeto. Isso é bem comum no ser humano, considerando a sua especialidade em “pisar na bola”. Observe que ao interessar-se por alguém, por exemplo, sem a intenção real de fazê-la (o) feliz, é totalmente antagônico ao amor real e verdadeiro, pois você pode ter “a melhor dos intensões”, no entanto, está voltado para uma atitude hostil e egoísta, cujo fim é seu bel-prazer.
Normalmente, o indivíduo, quando tomado por sentimentos e conduta ambígua em relação ao próximo, torna-se cego, surdo e mudo para a realidade. Acaba que o interesse pessoal, geralmente tirando vantagem do outro, onde apenas uma das partes é beneficiada, sobressai ao afeto.
Por isso, tantos corações dilacerados, tantas vidas destruídas, apáticas, indiferentes, mutiladas, uma vez que foram contaminadas com clemência.
Jesus, o Filho de Deus, também sofreu desafetos, inclusive de pessoas muito próximas, escolhida por Ele para ser seu discípulo, ou seja, significa que Cristo confiou nele, ao ponto de convoca-lo para a “Grande Comissão” com o propósito de exercer o amor, a bondade, a compaixão e assim elevar o Reino de Deus sobre a Terra. E mesmo assim Judas o traiu por trinta moedas de prata (Mateus 26: 14 a 16).
Além disso, em outra ocasião, quando Jesus chegou em Nazaré, sua terra natal, os seus compatriotas zombaram dele, o trataram com desprezo, preconceito, ignorância por conta da humildade de sua família terrena e com isso perderam a oportunidade de testemunharem grandes milagres (Mateus 13: 53 a 58). Perceba que todos estamos sujeitos a decepções ou até mesmo decepcionarmos alguém.
Veja bem, não estou falando aqui de situações pontuais, as quais às vezes cometemos erros e nos arrependemos e pedimos perdão e “segue o baile.” Outrossim, de usar o “bom sentimento” como subterfúgio para enganar, o que seria “defraudar” alguém. A violação da confiança faz com que nós tenhamos medo dos relacionamentos, achando que a qualquer momento alguém fará conosco exatamente igual ou pior às experiências anteriores.
Isso é bem comum no campo do amor e da amizade, onde o terreno é propício para invasão dos “roubadores de alma”.
É natural sim sofrer, afinal você sofreu abuso, foi subjugada (o), alguém mentiu pra você, não cumpriu o que prometeu, traiu, abandonou, machucou, traumatizou.
Mas, esse pesar tem cura, tem restauração, como aquela alegoria da fênix, ave que vivia cerca de 300 anos e supostamente se jogava no fogo, para depois renascer das próprias cinzas. Apesar de ser lenda, mas fica a lição, o exemplo da resiliência. Trazendo para a realidade Divina, é como transformar-se num vaso novo, após ter sido despedaçado, pelo próprio Oleiro, quem te criou com todo amor e dedicação em cada detalhe. Se você sente-se culpado achando que foi o causador daquele mal, tenho uma boa notícia: “Você é bem-vindo em minha casa, disse o homem idoso. Vou atende-lo no que precisar. Não passe a noite na praça (Juízes 18:20).” É isso que Jesus faz conosco, Ele nos acolhe, quando ninguém se propõe a nos recolher, especialmente em cacos.
Não passe mais dias, noites a sós, você tem a melhor companhia sempre, basta acreditar na verdadeira essência do amor, Jesus! Permita-se recomeçar das “cinzas” recebendo o amor de Cristo, o Salvador, o pão que desce dos Céus, o melhor vinho, a vida eterna e abundante, pois somente dessa forma você irá superar os dissabores da vida.
Sinta o abraço, o amor e a paz que excede qualquer entendimento. Jesus te ergue e segue junto a ti. Em Jesus, você é um vencedor e ninguém e nem nada poderá lhe deter, diz a letra de uma linda canção do grupo Logos (Situações). Tem jeito!
Paz!
Por Aline Xavier