Quando estamos lutando para abandonar um comportamento compulsivo, seja uma dependência química ou uma compulsão comportamental, teremos que lidar também com sentimentos, pensamentos e crenças disfuncionais a nosso respeito e com os comportamentos destrutivos resultantes.
O principal sofrimento emocional é a falta de amor próprio ou baixa autoestima que sempre está presente tanto entre as causas do comportamento compulsivo, como entre os efeitos.
Um comportamento disfuncional característico de relacionamentos familiares, amorosos e conjugais do compulsivo é a CODEPENDÊNCIA EMOCIONAL.
A codependência é um transtorno emocional que leva ao comportamento autodestrutivo de viver totalmente em função de controlar o comportamento autodestrutivo do outro, dedicando-se a ajudá-lo com seus problemas e necessidades, anulando a si mesmo.
O compulsivo é codependente à medida que organiza sua vida para buscar o prazer e aliviar a ansiedade no seu ato compulsivo; o familiar é codependente por organizar sua vida buscando controlar o comportamento do compulsivo.
O compulsivo assume o papel de Vítima: Sente-se imperfeito, defeituoso, errado. Envolve-se em situações difíceis ou desastrosas apenas para confirmar o papel de “vítima“ e receber atenção.
O familiar assume o papel de Salvador: Sua autoestima depende da capacidade de ajudar ou SALVAR outras pessoas, especialmente as VÍTIMAS, aquelas que não querem se responsabilizar pelos próprios problemas ou consequências de seus erros.
Síria Giovenardi, psicoterapeuta e conselheira cristã
@siriagiovenardi