Quando estamos lutando para abandonar um comportamento compulsivo, seja uma dependência química ou uma compulsão comportamental, teremos que lidar também com sentimentos, pensamentos e crenças disfuncionais a nosso respeito e com os comportamentos destrutivos resultantes.
O principal sofrimento emocional é a falta de amor próprio ou baixa autoestima que sempre está presente tanto entre as causas do comportamento compulsivo, como entre os efeitos.
Desenvolvemos nosso amor próprio e autoestima a partir de como somos vistos pelas pessoas que são importantes em nossa vida.
Se crescemos numa família disfuncional ou vivenciamos experiências de desamor e rejeição, a imagem distorcida que tinham de nós, pode deformar a imagem que fazemos de nós mesmos e nos impedir de percebermos nosso valor e qualidades.
E, a pessoa que sofre com baixa autoestima ainda costuma ter uma atitude autodestrutiva que comprometem mais ainda sua autoestima, que é a de se comparar com pessoas que admira por seu sucesso pessoal e qualidades que gostaria muito de ter e ser.
Só que que a comparação tende a transformar a admiração em inveja, um sentimento amargo que consome ainda mais o pouco amor próprio que a pessoa possa ter.
No processo de restauração com base nos 12 Passos, entender como nosso Poder Superior Jesus Cristo nos vê e o valor que temos para Ele é o que nos ajudará a superar a percepção negativa que muitos de nós desenvolvemos acerca de nós mesmos.
Também, precisamos lembrar que fomos criados parecidos com Deus (Assim Deus criou os seres humanos; Ele os criou parecidos com Deus… Gênesis 1:27). Há excelência e dignidade inerentes no ser humano que devem nos levar a ponderar sobre nosso valor e dignidade.
Síria Giovenardi, psicoterapeuta e conselheira cristã
@siriagiovenardi