Não importa o vício, compulsão ou um hábito que nos mantenham escravizados a comportamentos e relacionamentos disfuncionais, tornando nossa vida caótica e infeliz.
Restauração sempre é possível! Restauração é uma experiência pela qual podemos avaliar e repensar toda nossa história de vida e encontrar uma nova vida, restabelecendo nosso relacionamento com nosso Poder Superior, Jesus Cristo, que nos ama, deseja ser nosso amigo eternamente e você e curar as feridas da nossa alma.
Princípios da jornada de restauração:
Sair da negação
Precisamos querer dar o primeiro passo no sentido de encarar o fato de que os traumas do passado ainda afetam nosso presente. Não importa o quanto insignificante possa ter sido a experiência traumática sofrida, ela sempre provoca algum dano. E nossa disposição e abertura para encarar esse dano, parando de negar sua existência é o primeiro passo em direção à plena restauração.
Encarar nossa dor
É importante que nos permitamos sentir o impacto emocional do dano provocado pelo trauma ocorrido no passado. Encare a dor e lamentar as perdas. Não deixar nosso coração endurecer.
Só um coração amolecido pelas lágrimas, pelo perdão recebido e concedido, pelo consolo e amor do nosso Poder Superior Jesus, permite que as sementes da mudança se desenvolvam e deem frutos.
Partilhar nossa dor
Entregar nossa dor ao nosso Poder Superior Jesus. A oração é o mais poderoso instrumento de restauração. Compartilhar nossa dor com outras pessoas, principalmente, que passam pela mesma dor, para receber apoio.
Buscar ajuda
Falar sobre nossa dor com outras pessoas pode ser assustador e parecer arriscado, mas restauração não é uma jornada para se fazer sozinho. Precisamos superar o medo do que as pessoas possam pensar ou dizer, dar um passo de fé e buscar ajuda. Os grupos de Apoio e de Passos do Celebrando Restauração são um lugar seguro onde podemos buscar essa ajuda e partilhar nossa dor.
Entender os efeitos da dor na nossa vida e nos nossos relacionamentos
Para que a restauração seja bem-sucedida é preciso entender como os traumas do passado afetam nossa vida e relacionamentos com as pessoas, principalmente as que estão mais próximas. Deus deseja que usemos nossa dor e lutas para revelar o poder de cura e libertação que só Jesus tem.
Síria Giovenardi, psicoterapeuta e conselheira cristã
@siriagiovenardi
Quando estamos lutando para abandonar um comportamento compulsivo, seja uma dependência química ou uma compulsão comportamental, teremos que lidar também com sentimentos, pensamentos e crenças disfuncionais a nosso respeito e com os comportamentos destrutivos resultantes.
O principal sofrimento emocional é a falta de amor próprio ou baixa autoestima que sempre está presente tanto entre as causas do comportamento compulsivo, como entre os efeitos.
Um comportamento disfuncional característico de relacionamentos familiares, amorosos e conjugais do compulsivo é a CODEPENDÊNCIA EMOCIONAL.
A codependência é um transtorno emocional que leva ao comportamento autodestrutivo de viver totalmente em função de controlar o comportamento autodestrutivo do outro, dedicando-se a ajudá-lo com seus problemas e necessidades, anulando a si mesmo.
O compulsivo é codependente à medida que organiza sua vida para buscar o prazer e aliviar a ansiedade no seu ato compulsivo; o familiar é codependente por organizar sua vida buscando controlar o comportamento do compulsivo.
O compulsivo assume o papel de Vítima: Sente-se imperfeito, defeituoso, errado. Envolve-se em situações difíceis ou desastrosas apenas para confirmar o papel de “vítima“ e receber atenção.
O familiar assume o papel de Salvador: Sua autoestima depende da capacidade de ajudar ou SALVAR outras pessoas, especialmente as VÍTIMAS, aquelas que não querem se responsabilizar pelos próprios problemas ou consequências de seus erros.
Síria Giovenardi, psicoterapeuta e conselheira cristã
@siriagiovenardi
Quando estamos lutando para abandonar um comportamento compulsivo, seja uma dependência química ou uma compulsão comportamental, teremos que lidar também com sentimentos, pensamentos e crenças disfuncionais a nosso respeito e com os comportamentos destrutivos resultantes.
O principal sofrimento emocional é a falta de amor próprio ou baixa autoestima que sempre está presente tanto entre as causas do comportamento compulsivo, como entre os efeitos.
Desenvolvemos nosso amor próprio e autoestima a partir de como somos vistos pelas pessoas que são importantes em nossa vida.
Se crescemos numa família disfuncional ou vivenciamos experiências de desamor e rejeição, a imagem distorcida que tinham de nós, pode deformar a imagem que fazemos de nós mesmos e nos impedir de percebermos nosso valor e qualidades.
E, a pessoa que sofre com baixa autoestima ainda costuma ter uma atitude autodestrutiva que comprometem mais ainda sua autoestima, que é a de se comparar com pessoas que admira por seu sucesso pessoal e qualidades que gostaria muito de ter e ser.
Só que que a comparação tende a transformar a admiração em inveja, um sentimento amargo que consome ainda mais o pouco amor próprio que a pessoa possa ter.
No processo de restauração com base nos 12 Passos, entender como nosso Poder Superior Jesus Cristo nos vê e o valor que temos para Ele é o que nos ajudará a superar a percepção negativa que muitos de nós desenvolvemos acerca de nós mesmos.
Também, precisamos lembrar que fomos criados parecidos com Deus (Assim Deus criou os seres humanos; Ele os criou parecidos com Deus… Gênesis 1:27). Há excelência e dignidade inerentes no ser humano que devem nos levar a ponderar sobre nosso valor e dignidade.
Síria Giovenardi, psicoterapeuta e conselheira cristã
@siriagiovenardi
Todo e qualquer comportamento compulsivo, seja uma dependência química ou uma compulsão comportamental (comida, sexo, compras, redes sociais, jogo, etc) tem como mecanismo de alimentação o ciclo da dependência.
Este alívio não é duradouro, nem pleno. Não produz a verdadeira paz interior e nos nossos relacionamentos. Pelo contrário, depois de um curto tempo, vemos nossos sentimentos de infelicidade emergirem com mais intensidade. Isto nos leva a repetir o comportamento disfuncional.
Primeira etapa do ciclo MAL-ESTAR FÍSICO E EMOCIONAL: ansiedade; depressão, sentimentos de inferioridade, rejeição e inadequação; isolamento social e solidão; sentimentos de culpa, vergonha e remorso; ódio e raiva decorrentes de mágoas e ressentimentos.
Segunda etapa do ciclo ADOÇÃO DE UM COMPORTAMENTO PARA ALÍVIO DO MAL-ESTAR FÍSICO E EMOCIONAL: busca do alívio
desta carga emocional em comportamentos disfuncionais (drogas, álcool, comida, sexo, compras, trabalho, pornografia, etc) que por gerarem prazer e o alívio imediatos, amortecendo e anestesiando a dor e a ansiedade, passam a ser repetidos de forma compulsiva (sem controle, irracional), contínua e sistemática para aliviar ansiedade e sofrimento emocional, torna-se um vício, mau hábito, dependência ou compulsão.
Terceira etapa do ciclo OBTENÇÃO DE ALÍVIO E PRAZER: o alívio do mal-estar não é duradouro, nem pleno. Não produz a verdadeira paz interior. Pelo contrário, depois de um curto tempo, assim que os efeitos de euforia do álcool e da droga se dissipam, o prazer da
compra, do doce comido, do sexo termina … o mal-estar – ansiedade e sofrimento emocional – volta e mais intenso. Isto nos leva a repetir o comportamento disfuncional.
Quarta etapa o ciclo INTENSIFICAÇÃO DO MAL-ESTAR FÍSICO E EMOCIONAL: ansiedade; depressão, sentimentos de inferioridade, rejeição e inadequação; isolamento social e solidão; sentimentos de culpa, vergonha e remorso; ódio e raiva decorrentes de mágoas e ressentimentos voltam mais intensos. E nos levam de volta à segunda etapa do ciclo e assim indefinidamente.
Assim, desenvolvemos as dependências, as compulsões e os maus hábitos que acabam de destruir nossas vidas.
Síria Giovenardi, psicoterapeuta e conselheira cristã
@siriagiovenardi
O DEPENDENTE químico raramente vive “no vazio”. Aqueles com quem ele convive acabam sendo afetados pela sua disfunção comportamental e, também, adoecem emocionalmente. Quando isto ocorre, estas pessoas passam a ser CODEPENDENTES.
Esse fato inicia-se quando nessa relação alguém tenta controlar o uso de drogas, o consumo de bebidas ou quaisquer comportamentos compulsivos de um dependente na esperança de ajudá-lo, sendo malsucedido nesse controle do comportamento do outro, acabando assim, por perder o domínio sobre seu próprio comportamento e vida.
Assim como o dependente químico necessita da droga, a droga do codependente é o dependente.
A codependência se manifesta de duas maneiras: como um intrometimento em todas as coisas da pessoa problema, incluindo horário de tomar banho, alimentação, vestuário, etc. Em segundo, tomando para si as responsabilidades de outra pessoa.
Ambas atitudes propiciam um comportamento mais irresponsável ainda por parte da pessoa problemática.
Percebe-se na codependência um conjunto de padrões de conduta e pensamentos que, além compulsivos, produzem sofrimento. O codependente almeja ser, realmente, o salvador, protetor ou consertador da outra pessoa, mesmo que para isso ele esteja comprovadamente prejudicando e agravando o problema do outro.
Como se nota, o problema do codependente é muito mais dele próprio do que do dependente e, normalmente, a nobre função do codependente depende da capacidade de ajudar ou salvar a outra pessoa, que sempre é transformada em vítima e não responsável pelos próprios problemas.
Por causa do envolvimento de toda a família nos problemas do dependente ou alcoolista, considera-se que o alcoolismo ou o uso nocivo de drogas é uma doença que afeta não apenas o dependente, mas também a família.
(https://sites.google.com/site/vandercampello/o-codependente-e-atado-na-pessoa-problema)
Síria Giovenardi, psicóloga e conselheira cristã
@siriagiovenardi