O DEPENDENTE químico raramente vive “no vazio”. Aqueles com quem ele convive acabam sendo afetados pela sua disfunção comportamental e, também, adoecem emocionalmente. Quando isto ocorre, estas pessoas passam a ser CODEPENDENTES.
Esse fato inicia-se quando nessa relação alguém tenta controlar o uso de drogas, o consumo de bebidas ou quaisquer comportamentos compulsivos de um dependente na esperança de ajudá-lo, sendo malsucedido nesse controle do comportamento do outro, acabando assim, por perder o domínio sobre seu próprio comportamento e vida.
Assim como o dependente químico necessita da droga, a droga do codependente é o dependente.
A codependência se manifesta de duas maneiras: como um intrometimento em todas as coisas da pessoa problema, incluindo horário de tomar banho, alimentação, vestuário, etc. Em segundo, tomando para si as responsabilidades de outra pessoa.
Ambas atitudes propiciam um comportamento mais irresponsável ainda por parte da pessoa problemática.
Percebe-se na codependência um conjunto de padrões de conduta e pensamentos que, além compulsivos, produzem sofrimento. O codependente almeja ser, realmente, o salvador, protetor ou consertador da outra pessoa, mesmo que para isso ele esteja comprovadamente prejudicando e agravando o problema do outro.
Como se nota, o problema do codependente é muito mais dele próprio do que do dependente e, normalmente, a nobre função do codependente depende da capacidade de ajudar ou salvar a outra pessoa, que sempre é transformada em vítima e não responsável pelos próprios problemas.
Por causa do envolvimento de toda a família nos problemas do dependente ou alcoolista, considera-se que o alcoolismo ou o uso nocivo de drogas é uma doença que afeta não apenas o dependente, mas também a família.
(https://sites.google.com/site/vandercampello/o-codependente-e-atado-na-pessoa-problema)
Síria Giovenardi, psicóloga e conselheira cristã
@siriagiovenardi