Há poucos dias, fui procurada por uma jovem, querendo orientação sobre uma decisão que precisava tomar que implicava em terminar um relacionamento amoroso de algum tempo. Seu conflito era exatamente por fim a uma relação com um homem ciumento, agressivo, violento que a agride física e moralmente, envolvido com outras mulheres, que não a respeita, que vive a suas custas e que a mantém afastada de sua família e amigos. Mesmo assim, ela diz que o ama.
E, o que ela mais teme em deixá-lo, não são as suas ameaças de matá-la, mas de que ele fique sem a única pessoa que pode transformá-lo num homem bom, ela e seu amor por ele!
Isto não é amor! É doença! Uma doença chamada codependência.
A pessoa codependente vive em função de outra pessoa, seja filho, pai, mãe, marido, namorado, a qual quer controlar e dominar, tudo para obter reconhecimento e aceitação, como forma de compensar sua falta de amor próprio.
Emocionalmente dependente do outro, passa a viver a vida do outro, perdendo totalmente sua própria identidade. Não percebe que muitas vezes seus desejos e até seus sonhos e planos não são seus, mas da outra pessoa a quem está tentando controlar.
Acredita que é responsável pela felicidade do outro. É “a salvadora”, disposta a resolver os problemas do outro, e como carece de limites, constantemente invade o outro com orientações e conselhos que na verdade passam a ser imposições.
Desconhece seus próprios sentimentos, sacrifica-se pelo outro, sempre dizendo não para si mesma.
Tem muito medo de ficar sozinha, da rejeição e do abandono, fazendo de tudo para ser aceita, reconhecida e amada pelos outros.
Mas, há esperança para o codependente, de se tornar uma pessoa capaz de desenvolver relacionamentos sadios e, principalmente, de amar de verdade sem sobressaltos, sem dor, sem tristeza, sem ameaças, sem manipulação, mas um amor que… “é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha. Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor. O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade.” 1 Coríntios 13:4-6
Se você precisa de ajuda nesta área, no Celebrando Restauração, toda segunda-feira, funcionam grupos de apoio para homens e mulheres que lutam com a codependência.