Domingo, em meio à névoa da madrugada, Maria Madalena se levanta da cama, pega as especiarias e sai da casa. Passa pelo Portão dos Jardins e sobe a encosta da colina, pensando com tristeza na tarefa que irá fazer — preparar o corpo de Jesus que, a esta hora, estará inchado, com o rosto esbranquiçado. O odor de morte será intenso.
Ao fazer a última curva da trilha, vê que a pedra colocada na frente da sepultura fora removida.“Tiraram o Senhor do sepulcro.” Ela volta correndo para chamar Pedro e João. Eles correm para ver por si mesmos.
Pedro sai da tumba perplexo e João sereno pela certeza do que aconteceu ali.
Mas, Maria Madalena fica sentada diante da entrada, chorando.
De repente, ela se dirige para a entrada do sepulcro e olha pela abertura escavada na rocha.
“Mulher, por que você está chorando? Quem você está procurando?” Pergunta-lhe o que parece a Maria Madalena, um homem que resplandece uma intensa luz branca. A pedra sob a qual deveria estar o corpo de Jesus está vazia.
“Levaram embora o meu Senhor e não sei onde o colocaram.” Responde ela aflita.
Jesus, então, se aproxima dela. Chega tão perto que ela ouve sua respiração. Pensa que é o jardineiro. Mas, Ele não a deixou pensando isso por muito tempo.
“Maria”, disse Ele, mansamente.
Maria Madalena está surpresa, mas O reconheceu imediatamente. E ela O adorou.
Deus adora nos surpreender. Ele espera que percamos as esperanças na força humana e, então, intervém com força celestial. Aparece nos lugares mais estranhos. Produz sorrisos onde havia caras fechadas. Brilho onde havia apenas lágrimas. Coloca uma estrela brilhante onde havia somente um céu escuro. Põe um arco-íris no meio de nuvens de tempestade. Restaura almas feridas.
Traz vida onde havia morte.
Adaptação: Seis Hora de Uma Sexta-Feira, Max Lucado