PAREDES DO CORAÇÃO

Expressar nossos sentimentos é fundamental para que tenhamos saúde emocional. Ser totalmente sinceros, honestos, transparentes sobre o que sentimos e pensamos, cultivando relacionamentos transparentes, onde podemos ser nós mesmos, é o anseio da maioria das pessoas. Mas, ao mesmo tempo, a intimidade gerada por um relacionamento autêntico nos causa um medo muito grande.

Medo de que as pessoas nos vejam como realmente somos e deixem de nos amar e de que passem a nos rejeitar. Há, também, a vergonha diante da descoberta dos segredos do lado negro do nosso coração, coisa que certamente acontece, quando nos relacionamos nesse nível de intimidade. Além da vergonha, temos que lidar com a culpa, por não conseguirmos consertar a nós mesmos por mais que nos esforcemos.
Enfim, é muito para o nosso orgulho suportar e, então, acabamos por optar pela negação; se nossos defeitos não forem conhecidos, eles deixarão de existir.

Medo, vergonha, culpa, orgulho, negação são os muros que erguemos em volta do nosso coração para manter as pessoas bem longe de nós. Essas barreiras nos trazem uma falsa segurança, mas uma genuína solidão. Podemos achar que estamos protegidos da dor e sofrimento que resultam dos conflitos e feridas inerentes a todo relacionamento, mas teremos que suportar o frio do isolamento, da solidão.

Para mantermos relacionamentos verdadeiros, caracterizados pela aceitação e amor mútuos e incondicionais, precisamos conhecer e admitir nossos próprios defeitos. Quando aceitamos a nós mesmos, com nossas limitações e falhas, saímos da negação, as defesas doentias do nosso ego desmoronam e, então sim, o nosso coração se abre para os outros. E Jesus já nos deu esta orientação: “Ame os outros como você ama você mesmo.”  Marcos 12:31