PRIMAVERA EMOCIONAL


 
          O mês de setembro foi escolhido como o Mês Internacional do Combate ao Suicídio. Mas, uma coisa interessante é este ser o mês que dá início à primavera, no Ocidente.
          Compartilho com você, caro leitor ou leitora, minha reflexão sobre esta antítese entre morte e vida: muitas pessoas não cometem suicídio físico. Mas cometem suicídio emocional!
          A angústia provocada pelo sentimento de vazio interior diante de uma vida que pensam não ter sentido, propósito, esperança, sonhos, somente frustrações, decepções, desilusões; a carência afetiva resultante de sentimentos de rejeição reais ou imaginários, do desamor de quem deveria ser fonte de amor, do abandono emocional por parte de quem deveria acolher; o ressentimento, rancor, ódio e revolta que brotam das mágoas e injustiças sofridas; a autodesvalorização expressa nas dores do sentimento de inferioridade, baixa autoestima, inutilidade, incapacidade; todas essas aflições da alma podem levar a um sofrimento tão intenso a ponto de alguém suicidar-se, não tirando sua própria vida, mas cometendo suicídio emocional.
         O suicídio emocional é a busca pela anestesia, anulação, rejeição das emoções, através do desenvolvimento de vícios, compulsões e maus hábitos de toda sorte, desde o cigarro, drogas, álcool, até o trabalho, sexo, comida, redes sociais. Só para citar alguns dentre dezenas!
        Mas há esperança!
        Assim como a cada ano, após o inverno chega a primavera, podemos deixar florescer uma primavera emocional após um inverno emocional.
        Em todos nós, por mais árida que seja nossa vida, há sementes que nossas lágrimas regam e nossa fé no Poder Superior que tem nome próprio, Jesus, fazem florescer.
“Para uma árvore há esperança; se for cortada, brota de novo e torna a viver. Mesmo que as suas raízes envelheçam, e o seu tronco morra na terra, basta um pouco de água, e ela brota, soltando galhos como uma planta nova.” Jó 14:7-9
                                                                                                                     Síria Giovenardi