BLOG

SETEMBRO AMARELO – Tempo de acolhimento e esperança

Para algumas pessoas há tempos que não são primaveris, cheios de vida, calor e alegria. São tempos sombrios e de desesperança. Precisamos acolher estas pessoas, envolve-las com braços de amor caloroso e aconchegante, sorriso de ternura e de carinho, e com palavras de aceitação e de esperança.

Para isso precisamos entender que as ameaças e tentativas de suicídio significam:

– A ameaça é um pedido de ajuda; a tentativa é um grito por socorro.
– A tentativa nunca é inesperada, imprevisível; a pessoa passa um tempo avisando, comunicando sua intenção, se não verbalmente, mas por comportamentos de tristeza intensa, desapego, isolamento, desinteresse por tudo, mesmo por aquilo que mais gosta e até por quem mais ama.
– A pessoa que está pensando em suicídio, geralmente fala com alguém sobre suas intenções por causa do período de ambivalência entre viver e morrer que costuma anteceder a concretização.
– Não é loucura, basta a pessoa se encontrar em estado de extrema vulnerabilidade e sem um adequado apoio, para tomar essa decisão como, a seu ver, única saída para acabar seu sofrimento.

Síria Giovenardi
@siriagiovenardi

SETEMBRO, mês da primavera e da valorização da vida

Preocupamo-nos com a destruição provocada pelos outros, mas evitamos falar sobre a autodestruição.
Edwin Shneidman

Em algum momento da vida, diante de uma circunstância de intensa dor física ou emocional, muitas pessoas pensaram ou poderão vir a pensar em suicídio como forma de acabar com o sofrimento. Felizmente, a maioria dos que chegam a pensar, desistem da ideia porque conseguem enxergar outras soluções.

Precisamos compreender o suicídio sem as distorções dos mitos e preconceitos em relação às pessoas e ao ato suicida. Só assim poderemos ajudar pessoas que estão enfrentando esta dolorosa situação em suas vidas. O sofrimento, e o pensamento suicida é sinal de um grande sofrimento, é uma ameaça que nos cerca de três lados: do nosso corpo, do mundo externo e de nossos relacionamentos com os outros. Mas há esperança.

Os estudiosos do comportamento suicida defendem que a fé e a construção de uma rede social de apoio podem ser fatores essenciais no combate e prevenção ao suicídio. Há um caminho de restauração e esperança para quem luta com sentimentos de autodestruição que começa com 3 passos:

Passo 1
Reconhecer nossa impotência diante do desejo de por fim à própria vida para escapar do sofrimento.
Passo 2
Vir a acreditar na existência de um Poder Superior, Deus, e no Seu poder e amor para dar significado e propósito a nossa existência, fazendo por nós o que não podemos fazer por nós mesmos.
Passo 3
Entregar nossa vida e vontade a Ele para que Ele restaure nossa mente, transformando pensamentos e sentimentos de tristeza, desesperança e desejo de morrer em alegria de viver.

Síria Giovenardi
@siriagiovenardi

SETEMBRO AMARELO

Mês que traz a primavera. Primavera, tempo de renovo, de renascimento da vida. A natureza nos lembra que é tempo de vida, não de morte. Daí o Setembro Amarelo, mês dedicado ao combate e prevenção ao suicídio.

As aflições da vida e da alma podem provocar um sofrimento tão intenso, a ponto de fazer a pessoa pensar em não mais viver. Mas há esperança! Assim como a cada ano, após o inverno chega a primavera, podemos ter a esperança de que uma primavera da alma chegará e porá fim a um inverno da alma. Em todos nós há as sementes do Amor, da
Esperança e da Fé semeadas pelo Criador, quando nos criou. E por mais árida que seja nossa vida, nossas lágrimas
regam essas sementes e as fazem reflorescer.

Para uma árvore há esperança; se for cortada, brota de novo e torna a viver. Mesmo que as suas raízes envelheçam, e o seu tronco morra na terra, basta um pouco de água, e ela brota, soltando galhos como uma planta nova.

Jó 14:7-9
Síria Giovenardi

À BEIRA DO CAMINHO

O Evangelho nos conta a história de um cego que estava sentado à beira de
um caminho, pedindo esmolas, e que, ao saber que Jesus vinha passando, começou a
gritar: “Jesus, Filho de Davi, tenha compaixão de mim”. As pessoas que iam à frente
da multidão que seguia Jesus, repreendiam o cego, mandando que se calasse, mas
ele continuava a gritar, até que Jesus para e pergunta o que ele deseja. O homem
diz que deseja ver de novo. E Jesus lhe diz: “Veja! Você está curado porque teve fé”.
Esta história se repete todos os dias, na vida de todo o ser humano. Deus está
sempre passando pela estrada de nossa vida. Ele passa todos os dias, trazendo a cura
que precisamos e desejamos.
À beira do caminho estamos nós, cegos pelo nosso orgulho e autossuficiência
que nos levam a não reconhecer o Deus Criador e Pai, porque nós somos nossos
próprios deuses, mendigando amor, aceitação, dignidade, senso de significado e
propósito.
A multidão das vozes dos valores do mundo — materialismo, humanismo,
hedonismo, individualismo — grita para que nos calemos e que continuemos ali
sentados, acomodados, passivos, mendigos de livros e filosofias de autoajuda, dos
antidepressivos, de salvadores, de religiões cheias de regras e dogmas.
Mas nunca é tarde, sempre é tempo, de ouvirmos o grito de socorro de nossa alma
cheia de fé Naquele que passa justo na hora que precisamos, ou seja, sempre.
Síria Giovenardi
@siriagiovenardi

TEMPO DE MUDAR

Em nossa jornada de restauração, chega o momento de darmos o Passo 6: Dispusemo-nos inteiramente a deixar
que Deus removesse todos esses defeitos de caráter.
Neste passo identificamos o que precisa ser mudado em nós, buscamos disposição para que as mudanças
aconteçam e permitimos que Deus faça as mudanças em nós.
É tempo de mudança.
Tempo de rasgar os rótulos negativos sobre quem somos e tempo de costurar uma autoimagem que reúna nossas
qualidades e potenciais.
Tempo de calar a insensatez e a mentira e tempo de falar com sabedoria e verdade.
Tempo de amar toda a bondade e justiça e tempo de odiar toda a maldade e injustiça.
Tempo de lutar para abandonar os comportamentos tóxicos e destrutivos e tempo de viver na paz da vida restaurada.
Tempo de matar a mágoa e tempo de curar, perdoando.
Tempo de derrubar os muros e tempo de construir pontes.
Tempo de espalhar pedras, desconstruindo a vida sem sentido e tempo de ajuntá-las, reconstruindo uma com
propósito.
Tempo de abraçar um relacionamento sadio e tempo de afastar um relacionamento tóxico.
Tempo de procurar a dependência de Deus e tempo de desistir da autossuficiência.

Síria Giovenardi
@siriagiovenardi