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A VIDA DO COMPULSIVO E A CORRENTE DA MANIPULAÇÃO

O elefante de circo é mantido sempre preso por uma corrente em uma de suas
patas a uma pequena estaca cravada no solo.
Durante o espetáculo, o enorme animal faz demonstrações de força descomunal.
Então, porque ele não usa esta força e arranca aquele pequeno pedaço de madeira
cravado no solo e foge?
A resposta é a seguinte: o elefantinho por diversas vezes puxou e forçou, tentando
se soltar, mas sem sucesso. Ele tenta, tenta e… nada. Até que um dia,
cansado, aceita seu destino. E fica amarrado na estaca, balançando o corpo de lá prá
cá, daqui prá lá, eternamente, esperando a hora de entrar no espetáculo.
Então aquele elefante enorme não se solta porque acredita que não pode se
libertar.
Isso acontece com a gente quando estamos, há muito tempo, amarrados à estaca da
compulsão, seja uma dependência química ou um comportamento compulsivo.
As principais correntes que nos mantem presos à nossa compulsão são:
manipulação, codependência emocional, culpa, sentimento de inadequação, baixa
autoestima e inveja.
A CORRENTE DA MANIPULAÇÃO
O comportamento manipulador impede a pessoa de ter relacionamentos saudáveis,
pois retrata-se como vítima das circunstâncias ou do comportamento dos outros, a fim
de obter pena, simpatia ou compaixão para conseguir algo do outro, se for da sua
conveniência e para atingir os seus objetivos. Mentem ou distorcem a verdade para
ficar sempre como os donos da verdade, não assumem seus erros, nem a
responsabilidade pelas consequências.

Síria Giovenardi
@siriagiovenardi

VIVENDO EM SERENIDADE

Senhor, me dê coragem para mudar o que for possível,
serenidade para aceitar o que não posso mudar e
sabedoria para saber discernir entre as duas.

Este é o verso inicial da Oração da Serenidade escrita por um pastor
evangélico há mais de 50 anos e usada pelos grupos Alcoólicos Anônimos
(AA), Narcóticos Anônimos (NA) e outros inúmeros grupos de apoio referentes
a outros tipos de compulsão.
Esta oração fala em “aceitar as coisas que não podemos mudar”. Mas
aceitação não é acomodação. Esta atitude nos paralisa.
A aceitação, pelo contrário, libera a ação, aliviando-a das cargas
impossíveis. Exige, sim, a coragem de se persistir, apesar do problema, às
vezes, imutável. Mas, uma vez aceito o que não pode ser mudado, fica-se
livre para investir nas mudanças que são possíveis. O mundo não é perfeito.

Siria Giovenardi
@siriagiovenardi

RECONHEÇO QUEM SOU

Chegando ao Passo 5 da caminhada de restauração (ADMITIMOS PARA DEUS, PARA NÓS E
PARA OUTRO SER HUMANO A NATUREZA EXATA DOS NOSSOS ERROS), aprendemos que, após escrever o
inventário, devemos lidar com o que escrevemos.
Primeiro devemos confessar nossos pecados a Deus, assumindo a
responsabilidade pelos nossos erros para sermos perdoados e parar de culpar os
outros. Fazendo isso, permitimos que Deus cure nossos traumas, vícios e maus
hábitos e deixamos de negar nossos sentimentos verdadeiros.
Segundo ler nosso inventário moral para outra pessoa, admitindo os erros
cometidos. A maioria das pessoas tem medo e vergonha de fazer isto. Mas se
tivermos verdadeiramente dado o passo 3, nosso processo de restauração já estará
alicerçado no amor incondicional de Deus e não na aceitação condicional do outro.
Enquanto o amor dos outros pode ir e vir, Deus já conhece tudo sobre cada
um de nós e ainda assim nos ama.
Esta é a única garantia de receber CURA, LIBERDADE, PERDÃO e Apoio de que tanto
precisamos.

Síria Giovenardi
@siriagiovenardi

NÃO ANDE SÓ

Amigos que nos acompanhem e apoiem enquanto fazemos nossa caminhada de restauração, são
absolutamente necessários para uma restauração bem-sucedida.
Precisamos de alguém para nos encorajar a praticar os passos e nos apoiar nos momentos de
desânimo ou possíveis recaídas. Se estivermos sozinhos, estamos especialmente vulneráveis a recair
e retomar nossos vícios, maus hábitos, falhas de caráter e relacionamentos tóxicos.
Precisamos buscar ajuda e apoio dos outros, formando uma rede de relacionamento. Isto nos dará
forças adicionais, sabedoria e proteção contra nossas dependências e comportamentos destrutivos.
Calar nossos segredos, nos mantem doentes.
Enquanto lutamos contra nossos vícios e maus hábitos, geralmente evitamos falar sinceramente sobre
nossos problemas com outras pessoas. Entretanto, é importante que busquemos apoio nos
relacionamentos que nos ajudarão a enfrentar a verdade.
A sinceridade e a prestação de contas são essenciais à nossa restauração. A influência de amigos
verdadeiros e que andam de acordo com a vontade de Deus, nos ajudam a permanecer no caminho
correto.

Síria Giovenardi
@siriagiovenardi

TIRANDO A SUJEIRA DEBAIXO DO TAPETE

É possível que não desejemos fazer um inventário moral da nossa vida; é
normal que queiramos evitar um exame pessoal.
Isso porque o processo de investigar nosso caráter, revelar e expor nossos
segredos, mostra nossa verdadeira natureza. E nem sempre gostamos de quem
realmente somos.
À medida que conhecemos mais a nós mesmos e trabalhamos com seriedade
os 12 Passos, estamos no caminho da descoberta de algumas verdades básicas sobre
nós mesmos.
Fazer nosso inventário moral revela nosso verdadeiro eu, bem como toda
sujeira que escondemos debaixo do tapete da nossa adicção. Fazer o inventário é
uma boa maneira de levantar o tapete.
E chegará a hora em que, se quisermos experimentar uma verdadeira e
profunda restauração, iremos precisar tomar decisões às vezes difíceis, outras
dolorosas, a fim de corrigirmos nosso caráter e andarmos na verdade.
Somente revelando o que está escondido sob o tapete da negação, é que
garantirá nossa restauração. Do contrário, seremos tão doentes quanto nossos
segredos.
SÓ POR HOJE … eu escutarei a verdade dentro de mim e honrarei a verdade que
encontrar.

Por: Siria Giovenardi.