Mês que traz a primavera. Primavera, tempo de renovo, de renascimento da vida. A natureza nos lembra que é tempo de vida, não de morte. Daí o Setembro Amarelo, mês dedicado ao combate e prevenção ao suicídio.
As aflições da vida e da alma podem provocar um sofrimento tão intenso, a ponto de fazer a pessoa pensar em não mais viver. Mas há esperança! Assim como a cada ano, após o inverno chega a primavera, podemos ter a esperança de que uma primavera da alma chegará e porá fim a um inverno da alma. Em todos nós há as sementes do Amor, da
Esperança e da Fé semeadas pelo Criador, quando nos criou. E por mais árida que seja nossa vida, nossas lágrimas
regam essas sementes e as fazem reflorescer.
Para uma árvore há esperança; se for cortada, brota de novo e torna a viver. Mesmo que as suas raízes envelheçam, e o seu tronco morra na terra, basta um pouco de água, e ela brota, soltando galhos como uma planta nova.
Jó 14:7-9
Síria Giovenardi
O Evangelho nos conta a história de um cego que estava sentado à beira de
um caminho, pedindo esmolas, e que, ao saber que Jesus vinha passando, começou a
gritar: “Jesus, Filho de Davi, tenha compaixão de mim”. As pessoas que iam à frente
da multidão que seguia Jesus, repreendiam o cego, mandando que se calasse, mas
ele continuava a gritar, até que Jesus para e pergunta o que ele deseja. O homem
diz que deseja ver de novo. E Jesus lhe diz: “Veja! Você está curado porque teve fé”.
Esta história se repete todos os dias, na vida de todo o ser humano. Deus está
sempre passando pela estrada de nossa vida. Ele passa todos os dias, trazendo a cura
que precisamos e desejamos.
À beira do caminho estamos nós, cegos pelo nosso orgulho e autossuficiência
que nos levam a não reconhecer o Deus Criador e Pai, porque nós somos nossos
próprios deuses, mendigando amor, aceitação, dignidade, senso de significado e
propósito.
A multidão das vozes dos valores do mundo — materialismo, humanismo,
hedonismo, individualismo — grita para que nos calemos e que continuemos ali
sentados, acomodados, passivos, mendigos de livros e filosofias de autoajuda, dos
antidepressivos, de salvadores, de religiões cheias de regras e dogmas.
Mas nunca é tarde, sempre é tempo, de ouvirmos o grito de socorro de nossa alma
cheia de fé Naquele que passa justo na hora que precisamos, ou seja, sempre.
Síria Giovenardi
@siriagiovenardi
Em nossa jornada de restauração, chega o momento de darmos o Passo 6: Dispusemo-nos inteiramente a deixar
que Deus removesse todos esses defeitos de caráter.
Neste passo identificamos o que precisa ser mudado em nós, buscamos disposição para que as mudanças
aconteçam e permitimos que Deus faça as mudanças em nós.
É tempo de mudança.
Tempo de rasgar os rótulos negativos sobre quem somos e tempo de costurar uma autoimagem que reúna nossas
qualidades e potenciais.
Tempo de calar a insensatez e a mentira e tempo de falar com sabedoria e verdade.
Tempo de amar toda a bondade e justiça e tempo de odiar toda a maldade e injustiça.
Tempo de lutar para abandonar os comportamentos tóxicos e destrutivos e tempo de viver na paz da vida restaurada.
Tempo de matar a mágoa e tempo de curar, perdoando.
Tempo de derrubar os muros e tempo de construir pontes.
Tempo de espalhar pedras, desconstruindo a vida sem sentido e tempo de ajuntá-las, reconstruindo uma com
propósito.
Tempo de abraçar um relacionamento sadio e tempo de afastar um relacionamento tóxico.
Tempo de procurar a dependência de Deus e tempo de desistir da autossuficiência.
Síria Giovenardi
@siriagiovenardi
Todo e qualquer comportamento compulsivo, seja uma dependência química ou
uma compulsão comportamental (comida, sexo, compras, redes sociais, jogo, etc)
tem como mecanismo de alimentação o ciclo da dependência.
A ansiedade e o sofrimento emocional são ocasionados pelos sentimentos de
inadequação, solidão e baixa autoestima; vergonha e culpa pelos erros cometidos; e
ressentimentos, amargura, raiva e ódio pelas mágoas e traumas sofridos.
Algumas pessoas buscam o alívio desta carga emocional em comportamentos
disfuncionais que por gerarem prazer e o alívio imediatos, amortecendo e
anestesiando a dor e a ansiedade.
Este alívio não é duradouro, nem pleno. Não produz a verdadeira paz interior e
nos nossos relacionamentos. Pelo contrário, depois de um curto tempo, vemos nossos
sentimentos de infelicidade emergirem com mais intensidade. Isto nos leva a repetir
o comportamento disfuncional.
Assim, desenvolvemos as dependências, as compulsões e os maus hábitos que
acabam de destruir nossas vidas.
Síria Giovenardi
@siriagiovenardi
Quando estamos lutando para abandonar um comportamento compulsivo, seja
uma dependência química ou uma compulsão comportamental, teremos que lidar
também com comportamentos destrutivos, geralmente associados às compulsões.
Os principais são: manipulação e mentira, codependência emocional, isolamento,
culpa, sentimento de inadequação, baixa autoestima e inveja.
Hoje, falaremos sobre a codependência emocional e isolamento.
CODEPENDÊNCIA EMOCIONAL
Transtorno emocional que leva ao comportamento autodestrutivo de viver
totalmente em função de controlar o comportamento autodestrutivo do outro,
dedicando-se a ajudá-lo com seus problemas e necessidades, anulando a si mesmo.
O compulsivo é codependente à medida que organiza sua vida para buscar o
prazer e aliviar a ansiedade no seu ato compulsivo; o familiar é codependente por
organizar sua vida buscando controlar o comportamento do compulsivo.
O compulsivo assume o papel de Vítima: Sente-se imperfeito, defeituoso, errado.
Envolve-se em situações difíceis ou desastrosas apenas para confirmar o papel de
“vítima“ e receber atenção.
O familiar assume o papel de Salvador: Sua autoestima depende da capacidade de
ajudar ou "SALVAR" outras pessoas, especialmente as "VÍTIMAS", aquelas que não
querem se responsabilizar pelos próprios problemas ou consequências de seus erros.
ISOLAMENTO SOCIAL
Embora relacionamentos sejam essenciais à nossa vida, o comportamento
compulsivo impede ou dificulta estabelecer relacionamentos saudáveis, podendo
levar ao isolamento social, que é um comportamento de alienação por parte de uma
pessoa, de forma voluntária ou induzida por sentimentos de rejeição e inadequação.
Se não reconhecido e tratado, torna a pessoa cada vez mais doente
emocionalmente, reforçando o isolamento. Agrava os sentimentos de rejeição e
baixa autoestima, favorece o comportamento de risco (vícios e compulsões), gera
sentimento de inutilidade social, falta de propósito e significado de vida, e
compromete o amadurecimento da pessoa, pois os relacionamentos são essenciais
para a formação da nossa personalidade e maturidade emocional.
Síria Giovenardi
@siriagiovenardi