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NOSSA MAIOR NECESSIDADE

Costumamos ter todo tipo de idéias sobre o que mais necessitamos para ser felizes: dinheiro, carro do ano, uma carreira bem sucedida, um grande amor, um guarda-roupa cheio de roupas de grife, poder, status, ser popular, casamento, filhos. Enfim, sucesso. Sucesso pessoal, material ou social, não importa.

Mas, o fato é que quanto mais focamos e priorizamos esses fatores de sucesso, mais corremos o risco de perder de vista que nossa maior necessidade é espiritual. Necessidade de conhecimento de Deus e de relacionamento verdadeiro com Ele.

Mais cedo ou mais tarde, muitas vezes à custa de um doloroso sentimento de vazio interior, da perda de significado e propósito existenciais, do sentido de viver, de angústia e depressão, ou, até mesmo de dependência de álcool, cigarro, drogas, sexo, remédios controlados, compra compulsiva, jogo, televisão, ativismo, chocolate… é que acabamos por compreender que precisamos redefinir nossos valores e crenças, de forma a encontrarmos, talvez não a felicidade, mas o contentamento, estado da alma resultante de uma confiança inabalável no amor misericordioso de Jesus.

Que a sua felicidade esteja no Senhor! Ele lhe dará o que o seu coração deseja.-Salmos 37:4

ÁGUA DA VIDA

Em 2010, quando houve aquele terrível terremoto no Haiti, uma jovem haitiana foi resgatada dos escombros após 15 dias da tragédia. Ela sobreviveu porque bebia água de uma banheira junto a qual estava. Foi aquela água que a salvou.

E quando temos sede de Vida, vida com significado, com propósito que transcende a mera sobrevivência, o dia-a-dia, a realização pessoal, o sucesso, a paz de espírito ou mesmo a felicidade? Onde encontrar a água que vai nos manter vivos?

Em nós mesmos? Nas nossas realizações, conhecimento, habilidades, conquistas, planos, recursos materiais e financeiros? Ou nos outros? Amizade, amor, opiniões, conselhos, sugestões, orientações, leis, religião?

Assim como a água da banheira sustentou a vida da jovem por vários dias, essas coisas podem nos sustentar por muito tempo. Mas a água daquela banheira, além de não conter todos os nutrientes necessários à vida e de estar cheia de detritos em função do desmoronamento da casa, com o passar do tempo iria apodrecer e se tornar insalubre, não podemos encontrar vida plena, rica de significado e propósito por muito tempo em quem somos e temos, nem nos outros.

Assim como a água da banheira sustentou a vida da jovem por vários dias, essas coisas podem nos sustentar por algum tempo. Mas a água daquela banheira, com o passar dos dias, iria apodrecer e se tornar insalubre, não mais garantindo a vida. Também, não podemos garantir plenitude de vida, se tivermos como fonte, a nós mesmos, ou  pessoas, ou coisas.

Só há uma fonte de água viva que garante a plenitude de vida — Jesus. “Se alguém tem sede, venha a mim e beba.” (João 7:37).

Ele é a fonte abundante, inesgotável, pura, que se renova eternamente. Mais do que beber, dá para mergulhar nela. Sacia nossa sede, refrigera nossa alma, nos purifica, nos mantém vivos … “Quem crê em Mim jamais terá sede.”  (João 6:35).

Você vai continuar tomando água da banheira?

ANSIEDADE, LIVRE-SE DELA

A ansiedade é um mal estar que vem se tornando um dos grandes problemas de nossos tempos, junto com o estresse e a depressão.

Viver na sociedade contemporânea com sua agitada dinâmica existencial: valorização do ter e do fazer, status, sucesso, poder competição, consumismo desenfreado e assim por diante, é condição suficiente para o seu surgimento.

A ansiedade é um conjunto de sintomas relacionados a sentimentos de medo, tensão e perigo, acompanhado de sensações físicas desagradáveis, como, suor frio, falta de ar, coração disparado, boca seca, náusea, entre outros.

Diante de situações novas, desconhecidas ou que representam um desafio para nós, sentir ansiedade é normal. Quem já não sentiu um frio na barriga antes de fazer uma prova, ou no primeiro dia de um trabalho novo?

Mas quando ela se torna muito acentuada e fora de controle, nos enchendo de medos e preocupações que dificultam e paralisam nossa vida, é hora de buscar ajuda, pois, é nesta fase, que se instalam a depressão e as compulsões, formas que a nossa mente encontra de tentar lidar com a ansiedade que toma conta de nós.

ALGUMAS DICAS PARA CONTROLAR A ANSIEDADE
1. Faça exercício físico. Eleva a produção de serotonina, substância que aumenta a sensação de prazer.
2. Reduza o estresse.
Atividades como hidroginástica, sessões de massagem, caminhadas ajudam a relaxar.
3. Aprenda a controlar a respiração. Para reduzir a respiração ofegante e a taquicardia — compassar a respiração e inspirar lentamente pelo nariz, com a boca fechada. Ao inspirar deixar o abdome expandir-se, estufando a barriga e não o peito. Depois, expirar lentamente, expelindo o ar pela boca. Associar com técnicas de relaxamento.
4. Evite os pensamentos negativos ou catastróficos. Substituí-los por pensamentos agradáveis que dêem sensação de conforto e segurança, pois os pensamentos e as falas negativas intensificam a ansiedade.
5. Descubra alimentos apropriados. Ingerir alimentos ricos em triptofano, como a banana e o chocolate, ou cápsulas de triptofano, junto com vitamina B6 e magnésio. Existem ainda os chás de passiflora, melissa, camomila e valeriana que funcionam como sedativos suaves e podem ajudar no controle da ansiedade diária.
6. Busque ajuda. Admitir o problema, que ele está fora de controle e que precisa de ajuda para resolver. Consulte um bom médico para avaliar a necessidade de uso de medicação. A psicoterapia também é indicada para ajudar na resolução de conflitos emocionais, uma importante raiz dos quadros de ansiedade.
7. Desenvolva sua vida espiritual. Descubra o poder de Deus de restaurar sua sanidade e busque um relacionamento pessoal com Ele, deixando-O agir na sua vida. Ele se importa com você, deseja o melhor para você e tem o poder de aliviar essa ansiedade ou lhe dar forças para enfrentá-la e superá-la. Lancem sobre ele toda a sua ansiedade, porque ele tem cuidado de vocês. 1 Pedro 5:7
8. Aprenda a viver um dia de cada vez. Só podemos lidar com o dia de hoje. O de ontem já vivemos, não é mais “hoje”, portanto não há mais o que fazer e o de amanhã, quando chegar, será “hoje” novamente. Se aplicarmos o que é sugerido, estaremos, por assim dizer, cortando a vida em “pedacinhos mastigáveis”, o que irá tornar bem mais fácil nosso viver.

COMPULSÕES: A VIDA QUE NÃO SATISFAZ

Todos querem ser felizes. Todos buscam bem-estar e satisfação. Mas nem sempre temos sabedoria para buscá-las na fonte certa.

Nosso orgulho e autossuficiencia, nossa teimosia em fazer a vida funcionar do nosso jeito, muitas vezes nos levam por caminhos de destruição, a lugares escuros, tristes, sem vida.

“Há caminhos que parecem certos, mas podem acabar levando para a morte.” (Provérbios 14:12)

Assim, infelizmente, na maioria das vezes, as coisas para as quais nos voltamos não podem satisfazer nossas necessidades, mesmo as mais legítimas, ou nossos anseios mais profundos. Apenas nos fornecem pseudo bem-estar e satisfação, nos tornando dependentes de comportamentos, substâncias ou pessoas.

“O meu povo cometeu dois crimes: eles me abandonaram, a mim, a fonte de água viva; e cavaram as suas próprias cisternas, cisternas rachadas que não retêm água.” (Jeremias 2:13)

Essa dependência é conhecida como compulsão — hábito ou comportamento repetitivo,  praticado de forma quase automática e irresistível, visando alguma gratificação emocional, normalmente um alívio da ansiedade e/ou da angústia. Mesmo percebendo que o hábito ou comportamento é prejudicial ao seu bem-estar e mesmo tendo a intenção consciente de refrear-se, a pessoa não consegue evitar fazê-lo, daí a compulsão. Existem dois tipos de dependências:
– as drogodependências ou dependência química (cocaína, álcool, heroína)
– as dependências sem substância, de natureza psicológica, conhecidas por comportamentos compulsivos (sexo, jogo, compras, comida, internet, trabalho, atividade física, dentre as mais comuns).

Embora nem todas sejam iguais, as consequências podem ser igualmente graves e perigosas em todos os casos.

As dependências, mesmo as sem substâncias, tendem a ser crônicas por razões tanto neurobiológicas quanto psicológicas. Ou seja, não podemos voltar a consumir a substância da qual desenvolvemos uma dependência ou agir com base num mau hábito que se tornou compulsivo, porque retornamos rapidamente aos padrões anteriores de consumo ou de conduta.

As causas das dependências psicológicas geralmente são ansiedade, angústia, depressão, medo, solidão, vazio existencial, baixa auto estima, timidez ou fobia social com déficit nas relações sociais, carência afetiva e sentimentos de rejeição.

Assim o que começa com a procura de algo para escapar da dor de perdas, frustrações, desilusões, conflitos, ansiedade, pode acabar em mais sofrimento.

“… pois o homem é escravo daquilo que o domina.”  (2 Pedro 2:19b)

Mas a esperança de liberdade para quem se tornou escravo de uma compulsão! Esta esperança surge quando passamos a acreditar que Deus tem o poder de restaurar nossa sanidade perdida.

“Na minha angústia clamei ao Senhor; e o Senhor me respondeu, dando-me ampla liberdade.” Salmos 118:5

“O temor do Senhor conduz à vida: quem o teme pode descansar em paz, livre de problemas.” Provérbios 19:23

À BEIRA DO CAMINHO

O Evangelho nos conta a história de um cego que estava sentado sentando na beira de um caminho, pedindo esmolas, e que, ao saber que Jesus vinha passando, começou a gritar: “Jesus, Filho de Davi, tenha compaixão de mim”. As pessoas que iam à frente da multidão que seguia Jesus, repreendiam o cego, mandando que se calasse, mas ele continuava a gritar, até que Jesus para e pergunta o que ele deseja. O homem diz que deseja ver de novo. E Jesus lhe diz: “Veja! Você está curado porque teve fé”.

Esta história se repete todos os dias, na vida de todo o ser humano.
Deus está sempre passando pela estrada de nossa vida. Ele passa todos os dias, trazendo a restauração que precisamos e desejamos.

À beira do caminho estamos nós, cegos pelo nosso orgulho e auto-suficiência que nos levam a não reconhecer o Deus Criador e Pai, porque nós somos nossos próprios deuses, mendigando amor, aceitação, dignidade, senso de significado e propósito, muitas vezes através da escravidão em vícios, mau hábitos, compulsões e comportamentos disfuncionais.

A multidão das vozes dos valores do mundo — materialismo, humanismo e hedonismo — grita para que nos calemos e que continuemos ali sentados, acomodados, passivos, mendigos de livros e filosofias de auto-ajuda, dos antidepressivos, de salvadores, de religiões cheias de regras e dogmas.

Mas nunca é tarde, sempre é tempo, de ouvirmos o grito de socorro de nossa alma cheia de fé Naquele que passa justo na hora que precisamos, ou seja, sempre.

Você está à beira do caminho?

Qual é sua “cegueira”? Depressão, pânico, dependência química, compulsão por compras, sexo, ou comida?

Para quem você está pedindo ajuda? Esta ajuda virá mesmo? Ela tem o poder de restaurar sua serenidade perdida?